Diferentes materiais se tornam superfícies hospedeiras para vírus e bactérias, aumentando os riscos de contaminação e transmissão.
Os tecidos com acabamento antiviral provam ser eficazes contra os vírus envelopados e não envelopados, mostrando uma notável redução na infectividade.
Esta tecnologia promove a ruptura da membrana e inibe o crescimento e a persistência do vírus no tecido, com um mecanismo de ação que bloqueia a ligação do vírus nas células hospedeiras, impedindo que o micro-organismo libere seu material genético no interior, reduzindo a capacidade infecciosa nas células.
Indicação de até 50 lavagens em temperatura ambiente sem perder o efeito do acabamento.
Vírus Envelopados e Não Envelopados
Os vírus podem ser classificados como envelopados ou não envelopados, de acordo com sua estrutura.
Os coronavírus, herpesvírus, influenza, entre outros, são classificados como vírus envelopados, pois possuem uma camada bilipídica que os envolve, chamada de Envelope Viral (EV).
Já adenovírus humanos, norovírus e enterovírus são considerados vírus não envelopados. Eles são recobertos pelo capsídeo viral, com proteínas unidas que garantem a rigidez e estabilidade do vírus fora da célula, apresentando maior resistência aos desinfetantes e antissépticos, bem como à radiação ultravioleta, por isso são utilizados como padrão para determinar atividades virucidas.
Os testes do acabamento antiviral foram realizados tanto em vírus envelopados quanto em não envelopados.
Testes
O acabamento antiviral já foi testado em máscaras faciais, tecidos de confecção e outras aplicações, obtendo comprovação da redução significativa na infectividade viral e bacteriana.
Os testes laboratoriais foram realizados em laboratório independente seguindo as normativas científicas reconhecidas internacionalmente, como a AATCC 100 (antibacteriana) e ISO18184 (antiviral).
Tecnologia
A tecnologia por trás do acabamento antiviral utiliza partículas de prata para atrair o vírus com carga oposta, fazendo com que o mesmo se ligue aos grupos de enxofre presentes na superfície que envolve o vírus. Essa reação impede a ligação do vírus à célula hospedeira, bloqueando sua replicação.
O íon de prata é um antimicrobiano de amplo espectro que atua frente às bactérias causadoras de mau odor e eventuais doenças de pele, em concentrações cerca de 1.000 vezes inferiores aos níveis em que é tóxico para a vida dos mamíferos. A prata é utilizada em uma ampla gama de aplicações potenciais em vários setores, incluindo o têxtil, devido às suas propriedades ópticas, físico-químicas e biológicas únicas. O produto utilizado é não citotóxico, ou seja, não apresenta toxinas nocivas às células.
Além disso, a formulação do produto é baseada em química verde, com estabilizante natural de origem brasileira.